Reciclagem de lixo eleitoral


Ao menos dois municípios promoveram campanhas contra a sujeira nas ruas
Não basta ser ficha limpa, tem de evitar sujar a rua. Enquanto isso não acontece, todos os candidatos serão iguais no quesito de produção de lixo durante as campanhas eleitorais. Por sorte, há quem veja na poluição destes uma oportunidade para faturar e, de quebra, diminuir a sujeira das cidades.

Em alguns casos, a iniciativa conta com respaldo oficial. Desde o domingo à noite até ontem, dia da eleição, a prefeitura de Porto Alegre (RS) promoveu um mutirão desde a madrugada para retirar das ruas cavaletes de propaganda eleitoral, que serão levados nesta segunda-feira a uma usina de reciclagem. A expectativa é que a renda com o reaproveitamento da madeira beneficie ao menos 120 pessoas.

No caso da capital pernambucana, foi feita uma parceria entre a Emlurb (Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana) e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) para estimular a reciclagem do material. Com o nome de “Não jogue sua campanha no lixo, recicle”, a campanha enviou cartas aos comitês dos candidatos a cargos eletivos informando os procedimentos necessários de recolhimento dos resíduos pela empresa.

A coleta de material em Recife começará uma semana após as eleições, e o material recolhido irá para cooperativas de reciclagem, que transformarão as sobras de campanha em objetos como bolsas e carteiras.

De acordo com a lei 9.504/97, a publicidade é permitida em horário determinado ao longo das vias públicas, contanto que não prejudique o tráfego de pessoas e/ou veículos, sob pena de recolhimento do material e possibilidade de aplicação de multa.


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